Hoje o nosso papo de escritor é com a escritora Mayra Carvalho.

Mayra Carvalho nasceu no Paraná em janeiro de 1984. Atualmente mora em Sorocaba – SP. É formada em administração pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Casada há dez anos, é mãe de um filho, que tem síndrome de Down. Após o nascimento de seu filho precisou deixar a carreira na área administrativa de lado, pois os cuidados que ele demanda lhe toma um tempo muito grande. Foi então que ela se reencontrou com a literatura. Desde os onze anos escreve poesias e textos soltos, e já nessa época tinha o ideal de escrever um livro.
“Gosto muito de escrever, mas não queria escrever por escrever. Queria tocar o coração das pessoas. Espero ter atingido esse objetivo”.
Além disso, a autora escreve e administra a página “Recados de Post-it” no facebook.

1. Qual o livro mais marcante que já leu até hoje?
“Agora Estou Sozinha” de Pedro Bandeira. O livro é uma releitura de “Hamlet” de Shakespeare, talvez não tenha sido o melhor livro que já li, mas com certeza é o mais marcante, pois foi o primeiro. Foi através desse livro que descobri o universo da leitura e das histórias.

2. Houve um momento em que você percebeu que seu destino era ser escritor?
Quando eu tinha 11 anos e comecei a escrever o meu primeiro livro no verso de um caderno de desenho, eu pensei que minha profissão era ser escritora. Mas o tempo passou e as necessidades da vida fizeram esse desejo adormecer. O mais incrível, é que outras necessidades da vida fizeram com que o desejo acordasse, rs.

3. Há alguma atividade cotidiana que pode ter levado você a querer contar histórias? Qual/quais?
Quando meu filho nasceu com Síndrome de Down, eu soube que não poderia mais retornar ao trabalho no RH de uma grande empresa. Então fui fazer faculdade e outras coisas que o tempo com ele me permitia. E foi nesse momento que escrever voltou a fazer parte dos meus planos.

4. Como surgem ideias para escrever um livro?
Dos mais variados lugares, pessoas, de fatos noticiados no jornal, experiências vividas. Por exemplo, “Onde Fica o Para Sempre” foi inspirada numa história contada por uma amiga, onde ela dizia que uma moça havia perdido o namorado num acidente de moto e que no dia seguinte ela ainda tentava ligar para o celular dele, então eu pensei “e se ela conseguisse falar com ele?”. Outra história inspirada na vida real é a de “Vidas roubadas”, que estou desenvolvendo no Wattpad (está parada, pois no momento estou trabalhando em um projeto novo), que teve como fonte de inspiração o desaparecimento do menino João Rafael Kovalski, muito noticiada pelos jornais e até hoje não solucionada.

5. No começo da sua carreira de escritor, que tipo de escrita/ livro te influenciou? E agora?
Ainda estou no começo, rs. Os livros que mais me influenciaram foram os de escritores nacionais da atualidade, como Marina Carvalho, Samanta Holtz, Felipe Colbert, entre outros. Porque eles me fizeram ver que era possível sim, um escritor nacional ser publicado, e eles escrevem de forma envolvente, e você nem vê quando chegou no final do livro.
Mas eu acho que todos os livros que li até aqui me influenciaram de certa forma, tenho mais de 100 leituras em minha estante no Skoob, rs.

6. Que dicas daria para quem está começando a escrever um livro?
Para quem está começando a escrever digo para pesquisar bastante sobre as técnicas de escrita, pois isso ajuda a prender o leitor; planejar o livro, ou seja, saber onde o livro vai começar, como vai se desenvolver e como vai terminar, pois isso ajuda a evitar os bloqueios criativos; para que eles ouçam as dicas dos escritores experientes, pois são muito preciosas e tem muito autor incrível com canal no Youtube, passando suas dicas gratuitamente (A Samanta Holtz é uma delas, e eu assisto sempre, rs).

7. Quais são os seus autores favoritos?
Eu amo Sidney Sheldon (não me julguem, rs), Marina Carvalho, Pedro Bandeira, Mario Quintana, Luis Fernando Veríssimo, Mario de Andrade, os poetas atuais: Clarisse Freire, Pedro Gabriel. São inúmeros, costumo dizer que não tenho um preferido.

8. Quanto tempo demora para escrever um livro?
Demorei em torno de um ano para escrever “Onde Fica o Para Sempre”, e acho que será essa a minha média. Eu digo que trabalho melhor sob pressão, quando tenho prazo eu faço de tudo para cumprir.

9. Quais são os seus planos? Próximo projeto?
Eu estou trabalhando em um romance junto a um coaching de literatura, ele procura me dar dicas, me orientar no sentido de conseguir o meu melhor durante o processo de escrita. Está sendo um trabalho árduo, mas acho que terei ótimos resultados, o aprendizado é constante e sempre vale a pena. Também tenho o projeto parado no Wattpad, voltarei a ele assim que esse romance estiver pronto. Além disso, mantenho sempre ativa a página Recados de Post-it no Facebook e instagram, com recadinhos diários: frases, poesias, pensamentos. Todos autorais.

10. Gostaria de dizer algo para os leitores do blog?
Gostaria de agradecer por acompanharem a entrevista até aqui, e dizer que espero ansiosa pelos comentários sobre o livro. Eu sou uma pessoa bastante tímida, mas procuro conversar com todos que me procuram em minhas redes sociais.